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“A sociedade não vai se desenvolver sem o aço”, diz especialista na COP28

O aço é um material essencial para a construção de infraestruturas, veículos, máquinas, equipamentos e produtos que fazem parte do nosso cotidiano. Mas também é um dos setores que mais emitem gases de efeito estufa na indústria, respondendo por cerca de 7% das emissões globais. Como conciliar a demanda por aço com a urgência de reduzir as emissões e combater as mudanças climáticas?

Esse foi o tema de uma das palestras realizadas na COP28, a conferência do clima da ONU, que acontece em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, entre 6 e 17 de dezembro de 2023. O palestrante foi Mauricio Metz, diretor industrial de uma das maiores produtoras de aço do mundo, que falou sobre os desafios e as oportunidades do setor siderúrgico para contribuir com o desenvolvimento sustentável.

Segundo Metz, o aço é um material indispensável para a transição energética, pois é usado na fabricação de turbinas eólicas, painéis solares, baterias, hidrogênio verde, entre outras tecnologias limpas. Além disso, o aço é um material reciclável, que pode ser reaproveitado várias vezes sem perder suas propriedades. De acordo com a World Steel Association, cerca de 650 milhões de toneladas de aço são recicladas por ano, o que equivale a economizar 900 milhões de toneladas de CO22.

No entanto, Metz reconheceu que o setor siderúrgico ainda tem um longo caminho a percorrer para reduzir sua pegada de carbono e se alinhar aos objetivos do Acordo de Paris, que visa limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C até o final do século. Para isso, ele defendeu a adoção de medidas como:

– Investir em inovação e pesquisa para desenvolver processos de produção de aço mais eficientes e de baixa emissão, como o uso de energia renovável, biocombustíveis, captura e armazenamento de carbono, entre outros;
– Promover a economia circular, incentivando o uso racional e o reaproveitamento do aço, bem como a recuperação e o reciclagem de resíduos e subprodutos do processo siderúrgico;
– Estabelecer parcerias e cooperações entre os diferentes atores da cadeia de valor do aço, como fornecedores, clientes, governos, academia, sociedade civil, entre outros, para compartilhar conhecimentos, experiências e boas práticas;
– Apoiar políticas públicas e regulatórias que favoreçam a transição para uma indústria de aço mais sustentável, como a precificação do carbono, os incentivos fiscais, os padrões de qualidade e eficiência, entre outros.

Metz concluiu sua palestra afirmando que o aço é um material que pode contribuir para o desenvolvimento sustentável, desde que seja produzido e consumido de forma responsável e consciente. Ele disse que o setor siderúrgico está comprometido com a agenda climática e que busca se adaptar às novas demandas e expectativas da sociedade. “A sociedade não vai se desenvolver sem o aço, mas o aço também não vai se desenvolver sem a sociedade”, afirmou.

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